Eu ficava no integral na minha escola. Às vezes achava ruim, às vezes adorava. Chegava lá de manhã, fazia minha lição, brincava com meus amigos, tomava banho, almoçava e ia para a escola, que era no mesmo prédio.
Minha mãe era coordenadora na naquela escola, por isso eu ficava no integral. Ela trabalhava o dia todo e eu ficava na escola o dia todo.
Esse era o meu exemplo de mulher, o modelo que aprendi. A mulher sai cedo de casa para trabalhar, sempre no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa e os filhos vão para a escola.
Nós nos comportamos e fazemos nossas escolhas com base no que aprendemos, como nos moldamos, na nossa educação e experiências. Sabiam disso?
Chegou a minha vez de sair para trabalhar. Enquanto eu não tinha filhas, era tudo muito tranquilo. Mas já comecei meio torto (segundo o que eu achava…não necessariamente era). Eu sempre quis fazer veterinária, mas desisti e fui fazer administração hoteleira. Dali eu fiz uma pós de administração e saí da hotelaria, fui trabalhar com marketing, eventos no mercado financeiro.
Notem que mudei bastante de áreas..Rs! Meu caminho era cheio de bifurcações e eu ia mudando de ideia. Eu não tinha consciência, mas eu buscava sempre meu bem-estar nesses trabalhos. Quando não achava, eu mudava.
Até que nasceu minha mais velha e eu resolvi transformar minha paixão pelo mundo materno na minha fonte de renda. Comecei meu próprio negócio como Baby Planner e saí do mundo corporativo.
Fiz isso porque depois que ela nasceu, eu percebi que precisava ter uma liberdade de tempo que eu não tinha no mundo corporativo: queria acompanhar mais de perto o dia a dia dela, ter flexibilidade de agenda, trabalhar em casa…
Até que me bateu alguns questionamentos. Mas questionava se estava certa mesmo em seguir esse caminho. Estaria eu novamente mudando o meu curso? Mais uma vez entrando na bifurcação? Caramba! Era para eu ter sido veterinária! Tá certo isso, produção?
E quando eu me questiono muito, vou atrás de respostas. Comecei a fazer coaching de carreira. Já fazia terapia, já tinha feito Life coaching…e faço o que precisar fazer.
E eu questionava para a coaching:
Será que não estou abandonando uma coisa na hora errada?
Não tenho que insistir?
Por que quero mudar novamente?
Por que não estou satisfeita com o que eu faço hoje se eu gosto disso?
Por que nunca fico no mesmo caminho profissional igual a todo mundo que eu conheço?
E depois de muita insistência da coaching (porque eu sou teimosa) eu consegui entender que eu buscava sempre alinhar meu trabalho com minha vida pessoal, meu bem-estar.
E isso não era egoísmo, ou ser uma pessoa "errada", sem sucesso. Pelo contrário. Era claro qual o significado de sucesso para mim: Ter um trabalho que me trouxesse bem-estar.
E o que era bem estar? Era ter flexibilidade de tempo, fazer minha agenda e mesmo assim, também ter minha liberdade financeira, porque era importante eu não depender do meu marido.
Transformar a minha paixão pelo mundo materno, trabalhar com algo que eu realmente amo na minha fonte de renda, foi literalmente a solução para mim. Foi achar e alcançar o sucesso que eu procurava e achava que só teria se eu tivesse ali, de estagiária a CEO na mesma empresa, para sempre.
Ter meu próprio negócio me trouxe uma visão muito diferente do empreendedorismo, das liberdades que a gente busca (e alcança) e principalmente de como conciliamos nosso trabalho com a nossa vida pessoal.
Não é fácil, claro que não! Não estou aqui para florear nada. Mas é possível e muito gratificante.
Mas me conta…o que é sucesso para você? Você está no caminho certo para alcançá-lo?
Bjs e até a próxima semana!
Carol.
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